terça-feira, 7 de abril de 2009

Pag 12 O Dia-a-dia da Vassoura de Palha

O Dia-a-dia da Vassoura de Palha
      Por Félix Vasconcelos

     A vassoura de palha fica despresada em algum canto da cozinha ou fica jogada no quintal . O tratamento não-cordial quando se fala da vassoura .

     Olha gente eu fico indignado com isto :
  - Maria pegue aquela vassoura e varra a casa .
  - Esta vassoura não presta mais Dona Antônia !
  - Então joga fora esta porcaria !


     Eu gosto muito da vassoura, por isso resolvi colocá-la neste blog . Ela Pode servir de decoração na parede e receber elogios : " Oh, vassoura tantas vezes descarreguei as minhas frustações varrendo a casa com raiva  ou correndo atrás do gato porque cagou na sala e quero bater nele  contigo  ! " ( advinha é o meu instrumento de tortura !).


     Quando alguém diz : " Que casa limpa ! Eu te digo : " Oh, vassoura amiga é graças a ti !"


Pag 11 As Bordadeiras Irauçubenses foram Mencionadas no Jornal da FIEC

Em 19/09/2005
Bordadeiras participam de missão técnica em Fortaleza
Vinte e nove bordadeiras do município de Irauçuba (CE) estarão em Fortaleza no dia 11 de outubro próximo participando de missão técnica, que inclui visitas à Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), à Central de Artesanato do Ceará (Ceart), ao Centro de Turismo do Estado (Emcetur) e à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)A missão das artesãs, integrantes do Arranjo Produtivo Local (APL) do Bordado de Irauçuba, corresponde à última fase do projeto de Capacitação Profissional para o Empreendedorismo VI, promovido pelo Plano Nacional de Qualificação (Planteq), em parceria com a Sete, por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O projeto, que tem o Instituto Euvaldo Lodi do Ceará (IEL-CE) como responsável pela capacitação, visa ao desenvolvimento de um programa de capacitação empreendedora focado nas necessidades mais prementes dos micros e pequenos produtores, objetivando o fortalecimento dos potenciais, para elevar o nível de competitividade e a sustentabilidade dos negócios. As aulas ministradas de segunda a sexta-feira, no período de 1º a 28 de setembro, acontecem no Espaço do Artesanato Irauçubense, localizado no próprio município.O projeto, que busca fortalecer os APLs, engloba as disciplinas Gestão de Negócios (40 horas/aula), Comercialização e Marketing (40 h/a), Gestão da Produção (88 h/a), além da missão técnica à Capital cearense, estimada em 12 horas.
O curso trabalha no sentido de contribuir para o desenvolvimento das habilidades e atitudes de micro e pequenos empreendedores, maximizando suas potencialidades individuais e grupais, capacitar nos gargalos já identificados de forma a revitalizar os APLs, bem como intensificar os canais de integração e cooperação, visando eliminar as dificuldades vivenciadas pelo grupo e potencializar os recursos existentes.
Programação da missão técnica
9h - Apresentação da equipe do Programa Ceará Empreendedor (Sete) 9h30 - Visita à Ceart10h15 às 12h - Visita ao Mercado Central12h30 às 13h30 - Almoço na FIEC (Av. Barão de Studart, 1980, térreo - refeitório)13h30 às 14h - Palestra com Gláucia Mota, consultora de moda feminina14h às 15h50 - Palestra 5 Sensos da Qualidade 15h30 às 17h - Visita à Emcetur

Pag 10 A Origem da Palavra Crochê

A palavra foi originada de um termo existente no dialeto nórdico, com o significado de gancho (que é a forma do bico encurvado da agulha utilizada para puxar os pontos), que também originou croc, que em francês tem o mesmo significado. Ninguém tem a certeza de quando ou onde o crochê começou. Segundo os historiadores os trabalhos de crochê tem origem na Pré-história. A arte do crochê, como a conhecemos atualmente, foi desenvolvida no século XVI. O escritor dinamarquês Lis Paludan tentou descobrir a origem do crochê na Europa e fundamentou algumas teorias. A mais provável é a de que o crochê se originou na Arábia e chegou à Espanha pelas rotas comerciais do Mediterrâneo. Também há indícios posteriores da técnica em tribos da América do Sul, que usavam adornos de crochê em rituais da puberdade. Na China, bonecas eram feitas com a mesma técnica. Entretanto, o autor afirma que não há evidência concreta sobre o quão antiga é a arte do crochê.
A origem mais provável vem da técnica de costura chinesa, uma forma primitiva de bordado que foi difundida no Oriente Médio e chegou à Europa por volta de 1700. Mas o crochê só começou a ser fortemente difundido em 1800. A francesa Riego de La Branchardiere desenhou padrões que podiam ser facilmente duplicados e publicou em livros para que outras pessoas pudessem começar a copiar os desenhos. Os trabalhos com a técnica do crochê podem ser realizados com qualquer tipo de fio ou material. Tudo depende da peça a ser executada: uma toalha delicada ou uma colcha, um casaco ou um tapete resistente. Atualmente usa-se a técnica para confeccionar variadas peças, tudo depende da criatividade de cada um.

Pag 9 Toalhas e Varandas de Crochê
















Pag 8 A História do Chapéu


A palavra CHAPÉU provém do latim antigo "cappa", "capucho" que significa peça usada para cobrir a cabeça.
As primeiras modalidades de proteção para cabeça surgiram por volta do ano 4.000 a.C. no antigo Egito, na Babilônia e na Grécia quando o uso de faixas na cabeça tinha a finalidade de prender e proteger o cabelo. A faixa estreita colocada em torno da copa dos chapéus da atualidade (a fita ou bandana) é um remanescente desse primeiro tipo de proteção para a cabeça.
Mais tarde originaram-se os turbantes, as tiaras e as coroas, usadas por nobres, sacerdotes e guerreiros como símbolo de status social. Como sinal de distinção social ou profissional permanecem até hoje os chapéus específicos destinados a pessoas que ocupam determinadas atividades (soldados, marinheiros, eclesiásticos, etc.).
O primeiro chapéu efetivamente usado foi o "PÉTASO" por volta do ano 2.000 a.C.. Tratava-se de um chapéu dotado de copa baixa e abas largas que os gregos faziam uso em suas viagens como uma forma de proteção. Era um tipo prático, ajustável, podendo ser retirado com facilidade, tendo perdurado na Europa por toda a Idade Média (de 476 a 1453).
Na Antiga Roma (por volta do ano 1.000 a.C.), os escravos eram proibidos de usar chapéus. Quando eram libertados passavam a adotar uma espécie de chapéu semelhante ao barrete (boné em forma de cone, com a ponta caída para um lado), em sinal de liberdade. Este tipo foi revivido durante a Revolução Francesa (final do século XVIII), chamado de "bonnet rouge" e se tornou um símbolo do partido republicano durante a República. Outro tipo bastante parecido com o barrete foi o capuz, unido ou não a um manto, amplamente usado na Idade Média.
CHAPÉUS MASCULINOS
Depois da Renascença (século XIV-XVI), os chapéus masculinos adquiriram diversos formatos, sendo ricamente enfeitados, e usados pelos homens poderosos. Data desta época o aparecimento das boinas, na Itália, constituídas de uma peça circular de tecido franzido nas laterais, contendo uma faixa por onde passava um cordão ajustável. Alguns chapéus masculinos ainda guardam certa influência, sendo dotados de pequenos laços em seu interior destinados a ajustar seu tamanho. Outros tipos vieram a seguir, sendo um dos mais marcantes o chapéu de abas largas, enfeitado por peles, ou plumas de avestruz trazidos da América.
O uso dos cabelos compridos em cachos (moda posta em vigor no reinado de Luiz XIV, na França, que usava longos cabelos cacheados, e imitdado por seus cortesãos que começaram a usar também perucas de cabelos naturais), fez com que se começasse a dobrar as abas dos chapéus, primeiramente de um lado, depois dos dois, aparecendo um seguida, o tipo "Tricórnio" - com duas dobras laterais e uma dobra na parte traseira – este hábito durou mais de um século.
Durante a Revolução Francesa (1789-1799), quando as vestimentas foram influenciadas de modo a torná-las mais simples, surgiram os chapéus de copa alta de formato côncavo, que se desenvolveram até darem origem às Cartolas.
Em 1900, o Chapéu Côco feito de feltro de lã e/ou pêlo era o mais popular, aparecendo alguns anos depois os chapéus de palha, os do tipo marinheiro, etc., sendo que a grande maioria dos modelos se originou no Reino Unido.
CHAPÉUS FEMININOS
Os chapéus femininos evoluíram de forma diferente.
Na Idade Média (476-1453), as imposições religiosas obrigavam as mulheres a cobrir completamente os cabelos. O abrigo mais simples era constituído por uma peça de linho, caída sobre os ombros ou abaixo deles. Os véus de noiva e as mantilhas das espanholas são sobrevivência da moda desse tempo. No século XIII, costumava-se prender a este véu, duas faixas: uma sobre o queixo e outra sobre a testa, de modo semelhante ao hábito que as freiras ainda conservam.
No final da Idade Média, era hábito das mulheres colocar uma armação de arame com formatos de coração, borboleta, etc sob a peça de tecido tornando-os extravagantes. Os cabelos eram penteados para trás, escondidos, e, se cresciam na testa, eram raspados para que o chapéu fosse a atração principal. Em 1500 começa-se a usar os capuzes enfeitados com jóias e bordados.
Muitos outros tipos surgiram até o final do século XVIII, quando apareceram as primeiras Chapelarias (lojas onde se comercializam chapéus), que utilizavam em seus chapéus materiais como a palha, o feltro, tecidos, enfeites variados e elaborados de forma a combinar com os penteados altamente sofisticados da época.
Após a Revolução Francesa (1800), surgiram os gorros com abas largas, dotados de uma fita ou faixa que dava um nó abaixo do queixo. Confeccionados com materiais diversos (peles, cetim, veludo, feltro para o inverno e palha e tecidos finos para o verão) eram enfeitados com plumas e outros tipos de adornos.
Em 1860, esses gorros foram substituídos por chapéus de tecido e/ou outros materiais que eram presos à cabeça com alfinetes ou grampos, vindo esse tipo a se tornar muito popular na época.
No início do século XX os volumosos penteados da época originaram chapéus de grandes dimensões, que cobriam os penteados.
MODELOS MODERNOS
Nas primeiras décadas do século XX, os chapéus masculinos em suas formas e estilos, alteraram-se pouco em oposição aos chapéus femininos, que conheceram diversos tipos, com freqüentes variações, até mesmo segundo as estações do ano.
Depois da década de 30 e até hoje, os chapéus passaram a ser encarados como um acessório de vestimenta e proteção.
Nos países tropicais, o uso dos chapéus tem função protetora contra o sol e contra as intempéries. Nos países e climas frios, o chapéu tem uso mais freqüente sobretudo como proteção do vento e temperaturas baixas.
O chapéu é também um acessório importante de vestimenta para caracterizar personalidade de uma determinada pessoa através de suas diferentes formas, materiais e cores.
INDÚSTRIA DE CHAPÉUS
Os materiais mais empregados tradicionalmente na indústria de chapéus são o feltro, a palha e o tecido. O primeiro é obtido tanto do pêlo de animais (coelho, lebre, castor, nútria e carneiro) - originando diferentes tipos e qualidades. Na categoria das palhas, incluem-se diversos tipos de fibras vegetais (folhas e caules), como a juta, o sisal, a ráfia, seagrass,etc.
Além de misturas variáveis que resultam em produtos mais rudes (geralmente usados em artesanato), até materiais industrializados e mais refinados (como o Panamá), atualmente a tendência é a utiliza ção de materiais artificiais, principalmente nos chapéus destinados ao abrigo das intempéries, no sentido de impermeabilização.
O maior produtor mundial de chapéus é os EUA. No Brasil, os Estados que produzem mais chapéus são São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará. Embora importe alguns tipos de chapéus, o Brasil também exporta outros tipos, sobretudo os de feltro de lã e os de palha de carnaúba.
Os materiais usados na confecção de chapéus variam conforme os países e as regiões, dependendo das substâncias disponíveis ou dos costumes das pessoas. Em geral o material deve ser usado dependendo sempre do feitio e da função do chapéu. Por exemplo, os chapéus para chuva geralmente são à prova d’água e os chapéus de verão são feitos de palha e tecido leve.

Pag 7 Conheça a Carnaúba


CONHECENDO UM POUCO A CARNAÚBAA Carnaubeira ( Copernícia prunífera ) é uma planta típica do nordeste brasileiro, predominando nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Existem outras Copernícias na América do Sul – C. tectorum na Venezuela e C. alba na Bolívia e Paraguai, no entanto, apenas a C. prunífera produz cera em suas folhas.
A literatura cita que no Pantanal Mato-grossense ocorre a espécie C. alba (denominada de carandá), diferindo da carnaubeira encontrada no Nordeste pela ausência do pó cerífero, devido ao excesso de umidade relativa do ar no Pantanal, em contraste com a região Nordeste. As plantas, de uma maneira geral, produzem cera para evitar, entre outros aspectos, a perda de umidade que na carnaúba funciona como uma proteção das folhas.
O pó cerífero retirado das folhas está presente em uma película protetora existente em suas superfícies protegendo a planta da transpiração excessiva que ocorre em ambientes com longos períodos de estiagem e com baixa umidade relativa.
A carnaubeira predomina nos ambientes com solos argilosos, aluviões, de margens de rios, suportando lugares alagados e com elevados teores de salinidade, o que é comum na região da caatinga.
Seu emprego industrial abrange diversas áreas devido às características da cera, a qual após ser refinada, conforme as variadas classificações, é utilizada na fabricação de produtos farmacêuticos, cosméticos, filmes plásticos e fotográficos. Participando ainda, na composição de revestimentos, impermeabilizantes, lubrificantes, vernizes, na confecção de chips, tonners, códigos de barras e na industria alimentícia.
Em uma recente publicação, o Dr. Marc Jacob enfatiza que se pode obter celulose e proteína da palha da carnaúba, através de processos simples, sem o uso de álcalis. Ensaios preliminares indicam que as palhas possuem um teor de celulose bruta entre 26,8 e 33,6% e 17 a 25% de proteína.
Da cera de carnaúba, à exemplo da cera existente nas folhas e no caule da cana de açúcar, da alfafa e da cera de abelha, entre outros, pode-se obter um álcool alifático ( Triacantanol-TRIA) que influencia o crescimento e produtividade de várias espécies hortícolas, frutíferas e ornamentais. Esta substância pode ser utilizada na área médica como poderoso inibidor da peroxidação dos lipídios, podendo exercer efeitos anti-inflamatórios.
Devido a sua importância econômica para o nordeste brasileiro, principalmente para os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, o Senador Freitas Neto sugeriu a criação de um “ Fundo de Apoio à Cultura da Carnaúba” à Comissão de Assuntos Econômicos, na sala de reuniões, em 12 de dezembro de 2001 ( publicado no Diário Oficial do Senado, de 15/12/2001), enfatizando:
"Por iniciativa do Banco do Nordeste, o Governo do Piauí firmou um protocolo de intenções com diversas instituições para desenvolver programa de estudos sobre a carnaúba;
A FINEP, o Banco do Nordeste e a Universidade Federal do Piauí, estão implantando duas unidades de secadores solar nos municípios de Campo Maior e Nazaré do Piauí , pioneiros na cultura da carnaúba;
Defendemos que a carnaúba receba por meio de fundo específico, o respaldo financeiro indispensável para realizar pesquisas, adotar novas tecnologias, ampliar a produção, elevar o retorno econômico para a região e garantir emprego a uma população que dele necessita, em especial no momento em que a agricultura tradicional libera mão-de-obra."
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA CARNAÚBAO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, ATRAVÉS DA SECRETARIA DA AGRICULTURA E PECUÁRIA - SEAGRI, DENTRO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA SILVICULTURA, IMPLEMENTARÁ UM PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA CARNAÚBA NO ESTADO
JUSTIFICATIVA
A Carnaubeira é uma planta nativa que se desenvolve nos grandes vales, aluviões e tabuleiros do Estado do Ceará ,sendo também explorada com menos intensidade nos Estados do Piauí e Rio Grande do Norte. Os três Estados possuem aproximadamente 25 indústrias de refinamento da cera, com a capacidade de beneficiamento em torno de 35 mil toneladas /ano.
Existem 13 espécies do gênero encontradas na América Latina, no entanto apenas a variedade encontrada no Brasil, principalmente no Nordeste, produz o pó cerífero. Sua safra se estende de agosto a dezembro, através do corte de suas palhas e secagem, com o objetivo da obtenção do pó cerífero. Nos meses subseqüentes ocorre o cozimento do pó e conseqüentemente a produção da cera de origem.

Pag 6 O Uso da Palha da Carnaúba

O uso da Palha da carnaúba é empregado na fabricacação de bolsas de palhas chapeus surrões e muitos outros acessórios